PF pede prorrogação da preventiva para dez dos 13 presos por fraude ambiental no Sul

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PF pede prorrogação da preventiva para dez dos 13 presos por fraude ambiental no Sul

notA Polícia Federal (PF) informou na manhã desta sexta-feira (3) que pediu a prorrogação da prisão preventiva para dez dos 13 presos por fraudes ambientais no inquérito da Operação Concutare. Além dos 18 suspeitos presos, dos quais cinco já foram libertados, outros quatro investigados também foram responsabilizados no esquema apontado pela PF. A investigação segue em segredo de Justiça.

Os suspeitos indiciados têm vários graus de responsabilização. Segundo a polícia, as acusações envolvem indícios de corrupção, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e crimes ambientais. O inquérito deve ser finalizado nos próximos 30 dias.

Na segunda-feira (29), 150 agentes da PF cumpriram 28 mandados de busca e apreensão e 18 mandados de prisão a pedido da Justiça Federal. Na operação, foram presos o secretário de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Carlos Fernando Niedesberg, e o secretário municipal de Meio Ambiente, Luiz Fernando Záchia, acusados de venda de licenças ambientais para empreendimentos privados. Os dois foram exonerados dos cargos.

De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha vinha sendo investigada há quase um ano por facilitar a concessão de licenciamentos, especialmente nas áreas imobiliária e de mineração, em troca do pagamento de propina. As prisões temporárias autorizadas pela Justiça vencem à meia-noite desta sexta-feira, mas a PF ainda não decidiu se pedirá a prorrogação por mais cinco dias ou se vai liberar os suspeitos que continuam presos.

Outra hipótese é pedir a prisão preventiva dos acusados até o final do inquérito, possibilidade que já foi negada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região quando o processo foi instruído.

O ex-secretário de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul está sendo inquirido novamente pela polícia nesta manhã. Na quinta-feira, um trecho da decisão judicial que autorizou a prisão de 18 suspeitos da fraude revelou que a PF estava investigando o repasse de recursos do esquema para a campanha da ex-deputada Jussara Cony (PCdoB), candidata à Câmara de Vereadores de Porto Alegre em 2012. A informação foi divulgada pelo site do jornal Zero Hora.

Segundo o jornal, o ex-secretário de Meio Ambiente do Estado teria pedido dinheiro quando ainda era presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para a campanha de Jussara. O pedido teria sido feito ao Instituto Biosenso, que pertence ao ex-secretário de Meio Ambiente do Estado Berfran Rosado –também preso durante a Operação Concutare. De acordo com a reportagem, teriam sido feitos três repasses de R$ 5.000 para Niedersberg, totalizando R$ 15 mil. A vereadora negou a acusação.

Além de Niedersberg, a polícia também vai ouvir nesta sexta-feira mais seis pessoas relacionadas ao inquérito entre testemunhas e investigados. A PF não divulgou nomes de depoentes e nem horários dos depoimentos.

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